quarta-feira, 20 de novembro de 2013

UMA NOVA REALIDADE

Certo jovem chamado Talmid vivenciou a perca de alguns amigos em um trágico acidente. Ele ficou muito triste, confuso e atordoado. Depois de alguns dias em casa, sem querer sair ou fazer qualquer outra coisa, o jovem decide visitar outro amigo que ele tinha e que se chamava Rabbi, a fim de encontrar em suas sábias palavras algum consolo.

Rabbi era bem mais velho que Talmid, já tinha vivido muita coisa e acumulado muita experiência de vida. Ao chegar, o jovem desabou em choro nos braços de seu velho companheiro. Depois de algum tempo, quando finalmente conseguiu se acalmar, o jovem pode enfim conversar e expor as suas dúvidas e inquietações.

Talmid perguntou: “Rabbi, porque que acontecem os desastres e as tragédias?”. Rabbi respondeu: “Ah, meu jovem amigo, a causa disso tudo aconteceu há muito tempo”. E inclinando-se, abaixou-se e pegou uma flor com espinhos. Depois, perguntou a Talmid: “Por que uma flor tão linda como essa, possui espinho?”. “Não sei”, respondeu o jovem. “É porque desobedecemos a Deus. O Senhor disse a Adão depois que ele O desobedeceu: Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo. Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará’”. (Gênesis 3:17-19). “Pois é”, continuou Rabbi, “a nossa desobediência nos fez conhecedores do bem e do mal, por isso que numa linda flor encontramos espinhos e nessa bela vida encontramos as tragédias, os desastres e a morte”.

Talmid insistiu: “Mas foi apenas Adão quem desobedeceu então só ele deveria morer. Rabbi, pacientemente explicou: “Não é por aí Talmid, pois, “da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram’ (Romanos 5:12). Você e eu também desobedecemos a Deus todos os dias, por isso, você e eu também morreremos um dia.

“Mas Rabbi”, continuou Talmid, “mesmo assim todos deveriam morrer bem velhinhos e não jovens”. O velho companheiro disse: “Meu jovem, as vidas humanas são breves como o sono; são como a relva que brota ao amanhecer; germina e brota pela manhã, mas, à tarde, murcha e seca’. (Salmos 90:5-6). Não importa se os nossos queridos se foram aos 90 ou aos 20 anos, sempre ficará a sensação de que não deveriam ir ainda, pois a vida é muito breve e nos provocará sempre essa sensação de que ‘não era para ter sido agora’”.

Rabbi continuou: “Para acalmar ainda mais seu coração deixe-me dizer mais duas coisas. A primeira é que na verdade a vida não é nossa, a vida é de Deus, nós somos apenas administradores. Quando o Senhor a todos ‘retiras o fôlego, morrem e voltam ao pó. Quando sopras o teu fôlego, eles são criados, e renovas a face da terra. (Salmos 104:29-30). Além disso, tem a segunda coisa, pois Jesus nos ensinou, Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo’. (João 16:33). Pois é Talmid, por causa da ressurreição de Jesus, um dia essa realidade de tragédias, desastres e mortes passará, e haverá uma nova realidade, onde ‘Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas’. (Apocalipse 21:4). Essa nova realidade se chama Vida Eterna.


Depois dessas últimas palavras, Rabbi perguntou a Talmid se ele tinha entendido tudo. Este respondeu de forma positiva. Depois, se despediu de seu velho companheiro e voltou para casa. Ainda se encontrava triste e com muita saudade, mas se sentia mais aliviado e confortado, principalmente quando aprendeu que tudo isso iria passar e um dia uma nova realidade iria chegar. 

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