sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

NOSSA ORAÇÃO MUDA OS PROPÓSITOS DE DEUS?

A nossa oração muda o propósito de Deus? Se não, então qual é a utilidade da oração?

Quero responder essa pergunta usando uma historinha que li certa vez em algum lugar, fazendo algumas alterações para melhor explicar os questionamentos acima.

Havia no sítio de certo homem muitos animais: porcos, ovelhas, galinhas, dentre outros. O galo, que era muito vaidoso e presunçoso, todo dia tinha o orgulho de dizer para os outros animais que com o seu canto ele fazia o sol nascer, trazendo luz e calor sobre o sítio. Então, todo dia de manhãzinha bem cedinho ele enchia seu peito, batia suas asas e soltava o seu canto e, de repente, o sol “obedientemente” despontava no céu. O galo já estava bem famoso e cheio de moral perante os outros bichos.

Mas um dia, o inesperado aconteceu. O galo dormiu demais, perdeu a hora e quando acordou o sol já estava bem alto no céu. Ele não conseguia acreditar naquilo. Todos os animais e o próprio galo entenderam que na verdade não era ele que com o seu canto fazia o sol nascer, mas na verdade era o sol que o despertava e o fazia cantar.

O galo ficou triste por muitos dias, achava que o seu canto não tinha mais razão de ser, até que um sábio cordeiro lhe deu algumas palavras que lhe devolveu o ânimo. O cordeiro explicou ao galo que ele não deveria andar triste e nem deixar de cantar, pois apesar do seu canto não mover o sol, ele era o meio que anunciava que a luz, o calor e a alegria de um novo dia estavam chegando sobre o sítio e por isso o seu cantar ainda tinha sentido, ele só estava precisando compreender corretamente o sentido do seu canto.

Com essa explicação, o galo reanimou-se e continuou a cantar com muito fervor. Dia após dia, ele se levantava bem cedo, enchia seu peito, batia suas asas e soltava o seu belo canto anunciando que o sol estava chegando para trazer um novo e belo dia sobre todos os animais.

Nossas orações são como o cantar do galo nessa historinha e o sol representa o propósito de Deus. Não são nossas orações que mudam o propósito de Deus, mas é o propósito de Deus que move nossas orações, pois o Deus que decretou os fins de todas as coisas também decretou os meios pelos quais esses fins devem acontecer, e entre esses está a oração.


Quero terminar com uma frase de Lutero: “Orar não é vencer a relutância de Deus, mas é apropriar-se do beneplácito dEle”.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

UMA NOVA REALIDADE

Certo jovem chamado Talmid vivenciou a perca de alguns amigos em um trágico acidente. Ele ficou muito triste, confuso e atordoado. Depois de alguns dias em casa, sem querer sair ou fazer qualquer outra coisa, o jovem decide visitar outro amigo que ele tinha e que se chamava Rabbi, a fim de encontrar em suas sábias palavras algum consolo.

Rabbi era bem mais velho que Talmid, já tinha vivido muita coisa e acumulado muita experiência de vida. Ao chegar, o jovem desabou em choro nos braços de seu velho companheiro. Depois de algum tempo, quando finalmente conseguiu se acalmar, o jovem pode enfim conversar e expor as suas dúvidas e inquietações.

Talmid perguntou: “Rabbi, porque que acontecem os desastres e as tragédias?”. Rabbi respondeu: “Ah, meu jovem amigo, a causa disso tudo aconteceu há muito tempo”. E inclinando-se, abaixou-se e pegou uma flor com espinhos. Depois, perguntou a Talmid: “Por que uma flor tão linda como essa, possui espinho?”. “Não sei”, respondeu o jovem. “É porque desobedecemos a Deus. O Senhor disse a Adão depois que ele O desobedeceu: Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo. Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará’”. (Gênesis 3:17-19). “Pois é”, continuou Rabbi, “a nossa desobediência nos fez conhecedores do bem e do mal, por isso que numa linda flor encontramos espinhos e nessa bela vida encontramos as tragédias, os desastres e a morte”.

Talmid insistiu: “Mas foi apenas Adão quem desobedeceu então só ele deveria morer. Rabbi, pacientemente explicou: “Não é por aí Talmid, pois, “da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram’ (Romanos 5:12). Você e eu também desobedecemos a Deus todos os dias, por isso, você e eu também morreremos um dia.

“Mas Rabbi”, continuou Talmid, “mesmo assim todos deveriam morrer bem velhinhos e não jovens”. O velho companheiro disse: “Meu jovem, as vidas humanas são breves como o sono; são como a relva que brota ao amanhecer; germina e brota pela manhã, mas, à tarde, murcha e seca’. (Salmos 90:5-6). Não importa se os nossos queridos se foram aos 90 ou aos 20 anos, sempre ficará a sensação de que não deveriam ir ainda, pois a vida é muito breve e nos provocará sempre essa sensação de que ‘não era para ter sido agora’”.

Rabbi continuou: “Para acalmar ainda mais seu coração deixe-me dizer mais duas coisas. A primeira é que na verdade a vida não é nossa, a vida é de Deus, nós somos apenas administradores. Quando o Senhor a todos ‘retiras o fôlego, morrem e voltam ao pó. Quando sopras o teu fôlego, eles são criados, e renovas a face da terra. (Salmos 104:29-30). Além disso, tem a segunda coisa, pois Jesus nos ensinou, Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo’. (João 16:33). Pois é Talmid, por causa da ressurreição de Jesus, um dia essa realidade de tragédias, desastres e mortes passará, e haverá uma nova realidade, onde ‘Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas’. (Apocalipse 21:4). Essa nova realidade se chama Vida Eterna.


Depois dessas últimas palavras, Rabbi perguntou a Talmid se ele tinha entendido tudo. Este respondeu de forma positiva. Depois, se despediu de seu velho companheiro e voltou para casa. Ainda se encontrava triste e com muita saudade, mas se sentia mais aliviado e confortado, principalmente quando aprendeu que tudo isso iria passar e um dia uma nova realidade iria chegar. 

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A INVASÃO E O COMBATE


Esta noite eu tive um sonho e o sonho foi o seguinte...

Havia um homem, que era Senhor, que plantou vários carnaubais em um vale ubérrimo e promissor nas margens do rio Açu. Os carnaubais dele eram muito bons, pois eram constantemente bafejados pela brisa do oceano. Então, ele arrendou seus carnaubais a uns lavradores. Depois, se ausentou daquele vale. O primeiro lavrador foi Antônio Pereira de Albuquerque, que depois passou os cuidados dos carnaubais ao lavrador Abel Alberto da Fonseca.

Tudo ia muito bem, mas, certa noite, enquanto todos dormiam, veio uns inimigos e atearam fogo nas carnaubeiras. O incêndio acordou a todos que logo se puseram a correr contra o tempo para apagar o fogo. Eles conseguiram conter as chamas, mas não sabiam que este foi apenas o início de um grande mal que sobreviria sobre aquelas terras, pois os homens que tinham provocado tamanha maldade eram na verdade vampiros que vieram com objetivos malévolos sobre os habitantes daqueles carnaubais. Por causa da correria provocada pelo incêndio, ninguém tinha percebido a presença deles.

Depois desse trágico acontecimento, os vampiros foram aos poucos se apresentado a população local. De início, as pessoas ficaram desconfiadas, pois aqueles desconhecidos moradores só saiam de casa a partir do crepúsculo ou então quando o céu estava nublado, vestiam-se sempre de preto e eram pálidos. Mas aos poucos eles foram ganhando a confiança dos moradores que passaram a dar ouvidos cada vez mais àqueles estranhos, até o ponto deles assumirem o comando daquelas terras, para a infelicidade de seus habitantes.

Após assumirem o comando daqueles carnaubais, os vampiros passaram as espalhar entre os moradores as suas ideias e o seu estilo de vida. Aos poucos, mas frequentemente, as pessoas foram se envolvendo com imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções, inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Depois que perceberam que todos já estavam bem envolvidos com essas coisas, os vampiros se tornaram tiranos, e sujeitaram o povo a uma cruel escravidão e tornaram a vida deles amarga, impondo-lhe árduas tarefas, além de sugar-lhes o sangue todas as noites.

Eles não tinham força para resistir-lhes, pois estavam todos presos nas redes lançadas por aqueles malignos. Mas, o Senhor que tinha criado aqueles carnaubais soube da opressão que estava sobre o povo e ouviu falar também sobre o grande clamor de aflição que estes dia e noite lançavam. Então o Senhor dos carnaubais decidiu livrar o povo das mãos dos tiranos vampiros e de todas as suas opressões, e enviou-lhes alguns guerreiros que vieram bem armados.

Os guerreiros se chamavam McClanahans, e vieram vestidos com toda a armadura do Senhor dos carnaubais, para poderem ficar firmes contra as ciladas dos vampiros. Assim, eles vestiram-se com o cinto da verdade, a couraça da justiça, tendo os pés calçados com a prontidão das Boas Novas da paz, além de usarem o escudo da fé, com o qual apagariam todas as setas inflamadas dos malignos e usaram também o capacete da salvação e a espada do Espírito do Senhor dos carnaubais, que é a Palavra do Senhor dos carnaubais.

Os McClanahans chegaram e logo começaram a combater o bom combate, mas os vampiros lhes resistiram por 14 anos, porém com a ajuda da armadura do Senhor dos carnaubais, os guerreiros puderam resistir no dia mau e permaneceram inabaláveis, depois de terem feito tudo. No último ano de combate, os malignos fizeram com que o vale dos carnaubais permanecesse completamente nublado e assim poderiam lutar também pelo dia. Por causa disso, as batalhas do último ano de combate foram travadas de baixo de muita chuva, mas ao final, os vampiros foram vencidos e subjugados. Os guerreiros os prenderam e lançaram a todos em um abismo, fechando-o e pondo selo sobre ele, para que não mais enganasse e escravizasse aquelas pessoas.

Devido as fortes e constantes chuvas provocadas pelos vampiros naquele último ano de combate, o vale dos carnaubais foi completamente destruído por uma enchente, mas os seus moradores estavam enfim libertos.

Os moradores decidiram reconstruir o povoado um pouco mais acima dos carnaubais, num território mais alto que era conhecido como tabuleiro, migrando então da várzea para esse planalto de onde podiam contemplar a grande quantidade de carnaubeiras. Decidiram também que guardariam em segredo todos aqueles acontecimentos medonhos que tinham vivido e diriam para as gerações mais novas que foi a enchente que os obrigaram a migrar.

Os guerreiros McClanhans voltaram para sua terra, mas antes, temendo que uma outra invasão pudesse acontecer no futuro, deixaram com aquele povo a armadura do Senhor dos carnaubais, que eles usaram para combater os vampiros. Além da armadura, deixaram também o fruto do Espírito, que era amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio, a fim de que o povo plantasse daquela boa semente do fruto do Espírito nas casas e pelas ruas do novo povoado que seria construído.


Depois de tudo isso, eu acordei ...

sábado, 26 de outubro de 2013

SOU UM GRÃO DE TRIGO...

"Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto".
João 12.24

Certa vez um poeta disse: "sou uma gota d'água, sou um grão de areia". Concordo, pois ele quis dizer o quanto somos pequenos e frágeis. Mas eu prefiro a metáfora do Mestre Jesus, que nos comparou a um grão de trigo. Acho que eu quero ser mais um grão de trigo do que um grão de areia, pois apesar dos dois serem igualmente pequenos, no grão de trigo há vida e quando ele morre os frutos permanecem, enquanto que o grão de areia não tem frutos. Sim, somos grãos de trigo e não grãos de areia, pois apesar de sermos bem pequeninos, mesmo assim, ao partirmos daqui, não vamos sem deixar nada, mas deixamos os nossos frutos, - valores, exemplos, lições de vida, descendentes - que são o nosso legado pessoal. 

sábado, 28 de setembro de 2013

IRONIA DO DIVINO

Os homens são mesmo arrogantes e pretensiosos. Eles já se auto intitularam de tudo no mundo, de senhor à governador e de rei a imperador, não faltou nem um título sequer. Achando pouco essa presunção houve aqueles que se auto intitularam até mesmo deus. Foi o caso de Otávio Augusto, o primeiro imperador de Roma. Seu nome na verdade era Caio Júlio César Octaviano, Augusto foi um título que ele pôs sobre si mesmo e que significa divino, pois esse governante queria ser adorado em todo o império como se ele fosse um deus. Mas que ironia do Divino, pois exatamente durante o governo e sob o domínio desse arrogante imperador nasceu Jesus, o verdadeiro Filho de Deus. E aconteceu como no Cântico de Maria que declarou “com o seu braço [o Senhor] agiu valorosamente; dissipou os soberbos nos pensamentos de seus corações. Depôs do trono os poderosos, e elevou os humildes.” (Lucas 1. 51 e 52).

Tudo isso serve de testemunho para que a gente aprenda que só há um Deus, ninguém é igual a Ele, ninguém é senhor de nada, a não ser Ele e nós dependemos inteiramente de suas mãos.

sábado, 17 de agosto de 2013

MUITOS E BONS FRUTOS

Certa família tinha dois pés de acerola no quintal de sua casa. Havia uma árvore mais perto da porta da cozinha e a outra mais distante. Os frutos da planta mais próxima à porta da cozinha eram maiores, mas os da planta mais distante eram mais doces. No tempo certo, o tempo em que dava acerolas, o marido apanhava daquelas frutas todos os dias e quase todos os dias a esposa fazia suco para todos daquele lar. Eram tantos frutos que ultrapassava a necessidade daquela família, e por isso, o marido chamava os amigos e a esposa chamava suas parentas para vir até sua casa e também colher de suas acerolas. Alguns usavam aquelas frutas somente para fazer suco para seus familiares e outros as usavam para fazer lambedor para as crianças gripadas. Então, devido ao fato de que os seus pés de acerola estavam dando muitos e bons frutos e que muitas famílias estavam desfrutando e sendo abençoadas com esses frutos, o marido e sua esposa se alegravam e ficavam muito satisfeitos com suas duas plantas.


Assim também o Senhor se alegrará e ficará muito satisfeito com aquele filho que estiver produzindo muitos e bons frutos que abençoam muitas pessoas e glorificam o Seu Nome.

Medite:

"Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. (João 15:5-6).

“Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.(João 15:8). 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O REBANHO MUNDIAL



Certo dia eu estava sentado na fila do atendimento de um banco e um amigo sentou-se próximo a mim e nós começamos a conversar. Ele me expôs uma dúvida que o incomodava. A dúvida era a seguinte: - “se a Terra tem cerca de 7 bilhões de habitantes e somente cerca de 2,5 bilhões e meio são cristãos, isso significa que a grande maioria das pessoas irão se perder? E quanto àquelas pessoas que nunca ouviram falar de Jesus, essas também irão se perder? E, por exemplo, alguém que nasce num lar islâmico, será que ele também não teria a chance de salvar-se mesmo sendo mulçumano, já que todas as religiões falam e buscam a Deus? Será que para ser salvo tem que necessariamente seguir a Jesus?

Eu respondi que as dúvidas dele eram legítimas, assim como sua preocupação com as pessoas e que essas mesmas dúvidas já me acompanharam em determinado momento da minha vida. Mas eu tranquilizei o meu coração quando comecei a pensar a seguinte coisa: é a mesma coisa se formos considerar qualquer religião, pois se a salvação está entre os judeus, então a maioria das pessoas que não seguem o judaísmo perecerá. Se a salvação estivesse no islamismo, então a maioria das pessoas que não são mulçumanas iria perecer. Se a salvação estivesse no budismo, então a maioria das pessoas que não seguem os ensinamentos de Buda iriam perecer e, assim por diante.

Então ele me perguntou se não seria o caso de que no final de tudo todo mundo seria salvo. Eu lhe respondi que não, pois as Escrituras eram bastante claras que haverá um grupo de salvos e um grupo que irá perecer, pois existe o grupo dos justificados e o grupo dos ímpios, que são rebeldes contra Deus.

Mas para acalmar o coração dele, eu citei uns versículos da Bíblia que consolou e tranquilizou o meu próprio coração. Eu lhe disse que lá no Evangelho de João o próprio Senhor Jesus nos explicou:Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” (João 10 .1 – 5).

E também disse: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.” (João 10. 14 – 16).

Depois de citar esses versículos eu lhe disse que Jesus não explicava com exatidão todas àquelas dúvidas que ele me expôs no início da conversa, mas esclarecia bastante e transmitia muita confiança e tranquilidade, como a confiança de alguém que sabe o que está fazendo e que tem o total controle da situação ao declarar que conhecia as suas ovelhas de uma forma tão íntima e profunda que era capaz de chamar todas elas pelos seus nomes e que suas ovelhas o seguiriam sempre, porque conheciam sua voz e por isso, não seguiria outro ensinamento e ainda mais, que Ele tinha ovelhas que não estavam somente no “aprisco” da nação de Israel, mas também estavam em outros “apriscos” espalhados pelo mundo, entre nações mulçumanas, budistas, xintoístas, hinduístas e etc. e que Ele mesmo iria ajuntar essas pessoas em seu rebanho para que Ele fosse o único Pastor desse imenso rebanho mundial.

Saber disso foi o que me deixou muito tranquilo e confiante.

sábado, 6 de julho de 2013

A BÍBLIATECA


Sofia entrou admirada naquela biblioteca que se chamava Bíblia. Ao entrar ela percebeu que aquele local era dividido em duas salas, uma maior que a outra. A sala maior se chamava Antigo Testamento e a sala menor Novo Testamento. Sofia observou que em cada sala havia quatro estantes e era nessas estantes que estavam os livros. Na sala do Antigo Testamento estava a estante chamada Pentateuco, a estante História, a estante Poesia e a estante Profecia. Sofia entrou também na sala do Novo Testamento e lá estavam as outras quatro estantes, a estante chamada Evangelhos, a estante Atos dos Apóstolos, a estante Epístolas e a estante Apocalipse.

Sofia continuou sua exploração e começou a contar os livros. Quando terminou a contagem ela observou que sobre as oitos estantes da biblioteca achavam-se 66 livros, 39 livros na sala do Antigo Testamento e 27 livros na sala do Novo Testamento. Sofia ficou feliz por saber que na sua cidade havia aquela rica biblioteca. Em vista disso, ela toma uma decisão e resolve ir todos os dias durante um ano inteiro ler os livros daquele lugar, começando do primeiro e seguindo a sua ordem até o último.

No dia seguinte, ela inicia a sua jornada de leitura começando a ler o livro de Gênesis. Ao final de um ano ela estava terminando de ler o livro de Apocalipse. Depois desse ano inteiro de leitura, Sofia chegou a algumas conclusões. Ela percebeu que apesar daquela biblioteca ter vários livros que foram escritos por pessoas diferentes, cerca de 40 pessoas que usaram estilos literários diferentes, e que viveram em épocas e lugares diferentes, mas era como se existisse uma harmonia entre eles tão grande que era como se existisse uma corda ou um cordel misterioso que os amarrava de uma forma tão tremenda que toda aquela biblioteca inteira parecia formar um único livro que contava uma única história.

E mais do que isso, ela percebeu que aquela harmonia acontecia porque existia um tema unificador de todos aqueles livros e que esse tema unificador era uma pessoa e essa pessoa era o Filho de Deus que veio ao mundo, Jesus Cristo. Sofia viu que os livros da sala do Antigo Testamento apontavam para frente e olhavam adiante com grande expectativa para a chegada do Filho de Deus e que os livros da sala do Novo Testamento mostravam e demonstravam que em Jesus Cristo se concretizou toda aquela expectativa tão almejada, pois o Filho de Deus finalmente tinha chegado ao mundo.

Intrigada com tudo isso e buscando a chave para compreender como uma coisa tão maravilhosa como essa poderia acontecer, Sofia entendeu como que por uma iluminação dos céus que toda aquela harmonia só poderia acontecer se todos aqueles diferentes livros, escritos por diferentes autores, com diferentes estilos literários e em diferentes lugares e épocas tivesse tido uma única fonte que inspirou todas aquelas palavras para todos os seus autores. E foi exatamente essa a conclusão de Sofia, que o Deus que fez os céus e a terra e tudo quanto neles há soprou essas palavras aos seus diferentes escritores de uma forma tão maravilhosa que todos aqueles livros daquela biblioteca chamada Bíblia formavam um livro só que contava uma única história.


Admirada com tudo isso, Sofia toma uma outra decisão. Ela decide que em todos os dias em que ela viver, por todos os anos de sua existência, ela iria diariamente visitar aquela biblioteca e mergulhar e se deliciar na leitura de cada um de seus livros até o dia em que ela pudesse se encontrar com a Fonte que inspirou e que deu toda aquela harmonia aos livros daquela biblioteca.

Para meditar: 

"Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo".
2 Pedro 1.21

terça-feira, 4 de junho de 2013

O ETERNO



Perguntaram-me quem criou Deus e eu respondi que ninguém o criou pois Ele é eterno e não teve nem começo e nem terá fim. Perguntaram-me como poderia ser isso e eu novamente respondi que não sabia, mas, que iria usar uma figura que o próprio Jesus usou para explicar essa realidade, ele disse: "Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro" - Apocalipse 22.13. O Alfa e o Omega são respectivamente a primeira e a última letra do alfabeto grego, seria o mesmo que dizer em português: Eu sou o A e o Z. É interessante essa ideia, é como se você de repente conseguisse inventar uma Máquina do Tempo que fosse capaz de voltar ao passado mais distante, lá pelo começo de tudo e quando você chegasse lá não encontraria nada nem ninguém a não ser Deus. E do mesmo modo, se essa máquina fosse capaz de ir ao futuro mais longínquo, lá pelo fim de tudo, lá pelo horizonte da ciação e da existência, você iria encontrar somente a Deus. Pois é, Deus é aquele que abre todas as coisas e é também aquele em quem tudo se encerra.  

quinta-feira, 14 de março de 2013

JUÍZO DE DEUS SOBRE A CIDADE QUE SE ESQUECEU DELE



Era Sodoma o nome daquela cidade. Era uma cidadezinha pequena, pacata, mas aconchegante. Era um torrão de gente acolhedora, rodeada de um tipo de palmeira chamada Carnaúba e bafejada por uma brisa oceânica que os mais velhos chamavam de vento nordeste. Terrinha boa, onde tudo parecia normal, até que num certo dia, em um anoitecer, a cidadezinha recebeu uma visita inesperada, de procedência celestial. Não, não era Santa Luzia, eram dois anjos que tinham sido enviados por Deus para passar a noite na praça e observar a vida naquele lugar antes de entregar aos seus habitantes uma mensagem divina. Eles andaram, sentaram, conversaram e não gostaram nem um pouco do que viram: encontraram famílias sendo desfeitas porque os maridos ou as esposas se envolviam com pessoas que não eram seus cônjuges; encontraram jovens deixando de aprender e de viverem suas vidas para perdê-las em meio as drogas e as bebidas; perceberam pessoas que tentavam melhorar o orçamento familiar usando meios corruptos; pessoas que sentavam-se em suas calçadas e dedicavam-se e até deliciavam-se em falar mal da vida de seus conterrâneos; perceberam que pessoas matavam os seus semelhantes a facadas, machadadas e até arrancando a cabeça; perceberam pessoas que eram capazes de qualquer meio para poderem alcançar seus objetivos; perceberam que até nos círculos mais religiosos os seus membros viviam relacionamentos de fachada, pois não se gostavam de verdade mas mantinham apenas uma aparência enganadora; e perceberam também que muita gente estava deixando de adorar ao Deus que fez os céus e a terra para se curvarem e jurarem diante de obras feitas por mãos humanas; isso tudo sem falar naqueles que declaradamnete ou não deixavam de buscar e adorar o seu Criador sob a alegação de que estão muito ocupados ou estão curtindo a vida. Diante do que observaram, os mensageiros podiam finalmente entregar a mensagem que eles vieram trazer: "estamos para destruir este lugar. As acusações feitas ao Senhor contra este povo são tantas que ele nos enviou para destruir a cidade" (Gênesis 19:13). Então, ao amanhecer "o Senhor, o próprio Senhor, fez chover do céu fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra. Assim ele destruiu aquelas cidades e toda a planície, com todos os habitantes das cidades e a vegetação (Gênesis 19:24-25). Não sobrou pedra sobre pedra, apenas ruinas e cinzas daquela que era chamada de pérola engastada. Depois que passou toda aquela catástrofe, os anjos voltaram e em meio aquelas ruinas deixaram uma placa com uma inscrição que deveria servir de lição para todos aqueles que passassem por aquelas bandas e vissem aquele monturo. A inscrição dizia o seguinte: JUÍZO DE DEUS SOBRE A CIDADE QUE SE ESQUECEU DELE. E ainda mais abaixo se podia ler também: "Aconteceu a mesma coisa nos dias de Ló. O povo estava comendo e bebendo, comprando e vendendo, plantando e construindo. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu e os destruiu a todos. "Acontecerá exatamente assim no dia em que o Filho do homem for revelado (Lucas 17:28-30). Quando os mensageiros terminaram de pregar a placa foram embora e eu despertei de meu sono.   

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

OUTRO MOTIVO

Parecia um dia normal. De manhã bem cedo sairam os dois para o campo, iam brincar. De repente veio a notícia que cortou o coração da pobre mãe, o filho dala estava morto, tinha sido assassinado. Eva viu sua vida se tornar escura como a noite, sem sentido, sem razão, só dor, só sofrimento, só a espera de alguém que não ia voltar jamais... Seu filho Abel tinha sido assassinado por Caim, aquele com quem a vítima brincava todos os dias. Eva caiu num sofrimento tão profundo que achava que nunca mais ia sair daquela situação. Mas o tempo foi passando, os sentimentos foram baixando como poeira, a ausência foi se tornando mais suportável e a vida a surpreendeu. Eva está grávida, já está com seis meses, é outro menino,  e ela já escolheu até o nome, se chamará Sete pois, "disse ela, Deus me deu outro filho em lugar de Abel; porquanto Caim o matou" (Gênesis 4.25 b). Eva percebeu que Deus lhe tinha dado não apenas outro filho, mas outro motivo para se alegrar e outro motivo para ver que a vida é boa, e mais do que isso, outro motivo para ver que Deus é bom e sempre nos dá um outro motivo para sorrir. Olhe ao seu redor, talvez perto de você exista alguma Eva que esteja dando este testemunho agora.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O MESTRE CALENDÁRIO



Eu gosto de calendários. Através deles nós vemos o fluir do ano. Atrvés dos olhos dos calendário nós vemos o fluir da vida. Dia após dia, semana após semana, mês após mês. No calendário marcamos o nosso aniversário e o aniversário de quem gostamos, é a ele que recorremos para checar quanto falta até o dia tão desejado e por meio dele percebemos o passar das estações e o chegar das festas e feriados. Mas o calendário deveria ter mais consideração por nossa parte, ele deveria ser considerado um mestre que nos ensina sabedoria, pois por ele nós podemos entender que "todos os nossos dias vão passando na tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se conta" (Salmos 90.9). Pois é, o mestre calendário nos ensina que o tempo passa e não pára e tudo é tão rápido que mal damos conta. Diante dessa realidade creio que o melhor é desejarmos o desejo do salmista, "ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios" (Salmos 90.12). Tá aí, acho que os calndários deveriam ser considerados como um dos melhores presentes a se dar e a se receber.